terça-feira, 14 de outubro de 2008

Artigo no site "HOY CINEMA"

24/08/2008 - O ator Fele Martínez, que rodou sob direção de Almodóvar "Fale Com Ela" e "Má Educação", considera "uma espécie de utopia que virou realidade" trabalhar com o diretor, ainda que esteja convencido de que sua carreira decolou graças ao apoio de Alejandro Amenábar em seu início de carreira.

Para Fele, que está em Málaga filmando um telefilme chamado "Los minutos del silencio", dirigido por Rafael Robles, rodar com Almodóvar é "o que todo ator sempre quis fazer" e considera que mais "sorte" foi "ver Pedro trabalhando, do que de fato trabalhar com ele", é o que afirmou em uma entrevista à agência EFE. De "Tesis", de Alejandro Amenábar, recorda que foi um projeto em que depositou-se "muita expectativa" e onde se uniu "a um grupo onde todos se conheciam", disse Fele, ganhador do Prêmio Goya na categoria de melhor ator revelação por seu trabalho no referido filme. "Agora pude trabalhar com Pedro (Almodóvar) e tudo o que me aconteceu desde 'Tesis' devo a Alejandro (Amenábar), porque houve um momento no processo de 'casting' de 'Tesis' em que ele interveio por mim".

Sua incursão no cinema europeu se deu com "Capitães de Abril", de Maria de Medeiros, um filme que o permitiu "viver coisas que normalmente seria incapaz", como "viajar no tempo para 1975 e participar de uma revolução pacifista, de esquerda e comandada por militares". Também se propôs a conhecer Medeiros, viver seis meses em Lisboa e "experimentar o fato de que os próprios portugueses tomarem as ruas durante a filmagem". Para Fele Martínez foi também uma "experiência pessoal espetacular" a possibiliade de conhecer os protagonistas da história real, "pessoas humildes com ideias claras e militares que pensam que seu trabalho é por, para e em função do povo, dos civis".

Em que pese as co-procuções, considera difícil que exista um cinema europeu que possa competir com o estadunidense, porque há "uma barreira idiomática muito potente", ainda que tenha destacado que "em conteúdo e qualidade, o cinema europeu não tem nada que invejar". Fele, que debutou na direção com o curta metragem "El castigo del ángel", gostaria de dirigir outro curta, mas assegura que não é este seu objetivo agora. Pelo contrário, tem "muito respeito" à direção de um longa metragem e além disso considera que o curta "é um bom exercício e um gênero assim como o conto é para um romance". "Sinto que posso ter muito mais liberdade já que, em um dado momento, se der um fora, não será tão grave, ainda que o faça como se estivesse fazendo 'Ben-Hur'", acrescentou à EFE.

Sobre seus próximos trabalhos, Fele Martínez pretende seguir com o monólogo teatral "Solomillo. Una historia poco hecha", algo que não que "interremper", porque "o teatro é muito importante e implica um desafio estar uma hora e vinte defendendo um texto sozinho", e também tem vários projetos no cinema tanto espanhol quanto de outros países, mesmo qque ainda sem assinar.

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